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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Alex marca duas vezes e deixa o inter mais perto da classificação



Lá em Buenos Aires, sentado na frente da televisão, Juan Román Riquelme, o camisa 10 do Boca Juniors, deve ter coçado a cabeça ao ver Alex, o 10 do Internacional, decidir o encontro de ida entre as duas equipes marcando dois gols, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. A diferença entre utilizar ou não os principais atletas ficou no placar. Os titulares colorados venceram os reservas xeneizes por 2 a 0, em um Beira-Rio inflamado pela expectativa de mais um título continental. Ambos os gols saíram da canhotinha de Alex, com aquela precisão que só ela tem.

O resultado é bom, especialmente porque o adversário é dos mais venenosos. O duelo da volta será dia 6 de novembro, uma quinta-feira, na Bombonera. O Inter joga por qualquer empate e até por derrota de dois gols, a partir do 3 a 1. Se o Boca devolver o resultado, a decisão vai aos pênaltis. Caso os argentinos façam três ou mais gols de vantagem, ficam com a vaga. O adversário das semifinais sai do enfrentamento entre Chivas, do México, e River Plate, da Argentina. Os mexicanos venceram o primeiro jogo, em Buenos Aires, por 2 a 1.

Antes, o Inter volta a pensar no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, encara o Atlético-MG, em Belo Horizonte, pela 31ª rodada.

O Boca é sempre o Boca

Pode ser com força máxima, com os juniores ou até com os veteranos: o Boca é sempre o Boca. Os xeneizes pisaram no tapete do Beira-Rio com uma formação quase reserva e não deram moleza para o Inter. Com o velho estilo argentino, marcaram forte, distribuíram toques curtos e rápidos e deram uma aula de compactação. Com isso, renderam algum equilíbrio ao jogo. Mas o Colorado foi superior.

Se houvesse uma lei que determinasse a necessidade de um vencedor no primeiro tempo, teria que ser o time gaúcho. É bem verdade que a equipe de Tite não teve uma chance daquelas escancaradas, que fazem o torcedor chutar a mureta do estádio ao ver que a bola não entrou. Mas o Inter teve volume. A falta lateral que D'Alessandro mandou na parte externa da trave causou o "uh" mais prolongado do Gigante. Dois chutes de Alex e outro de "el Cabezón", todos bem defendidos por Garcia, também animaram a galera.

Os dois canhotinhos carregaram o Inter ao ataque. Andrezinho, até pela função defensiva que precisou cumprir, foi mais discreto. Magrão e Índio quase comeram grama de tanta vontade. Os dois laterais, Ângelo e Gustavo Nery, seriam boas opções para furar a tranqueira argentina, mas eles pouco apareceram na linha de fundo.

O Boca ficou na dele. Traiçoeiro, tentou aproveitar eventuais sonecas da defesa vermelha. Fondacaro, aos 17, apareceu livre pela esquerda, mas mandou torto, por cima. Figueroa, aos 43, foi acionado em lançamento nas costas da zaga. Para sorte dos brasileiros, ele tropeçou nas próprias pernas e não conseguiu fazer nada de muito útil com a bola.

Sem chances mais evidentes de gol, a torcida ganhou dois presentes para vibrar: primeiro, um lance de D'Alessandro, que recordou os tempos de River Plate ao passar reto por três marcadores do Boca; depois, com Índio, que tirou a bola de um adversário com um carrinho e evitou que ela saísse em lateral com outro. O Beira-Rio vibrou como se fosse um gol.

Alex é sempre Alex

O técnico Tite optou por voltar do intervalo com Marcão na vaga de Gustavo Nery, que já estava com um cartão amarelo. A equipe colorada voltou com mais pressão, e Nilmar chegou com perigo aos dois minutos. Mas foi nos pés de Alex, em jogada de boa visão de jogo, que o Inter finalmente abriu o placar. O camisa 10 recebeu de D’Alessandro na intermediária, partiu para cima de três argentinos e, mesmo com pouco espaço, bateu firme de esquerda, de fora da área, no canto de García. Aos quatro minutos, a torcida foi ao delírio nas arquibancadas.

D'Alessandro tentou manter o embalo e, em cruzamento aos oito, quase fez Forlín fazer contra o patrimônio. O técnico do Boca trocou Cardozo e Figueroa por Gaitán e Noir, tentando dar velocidade ao time. A emenda saiu pior que o soneto, e aos 33, o jovem Noir, de 21 anos, entrou dando uma sola em Magrão e foi expulso de campo pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda. Apos um princípio de tumulto, a turma do "deixa-disso" conseguiu evitar uma briga generalizada.

Com um a mais em campo, o Inter ainda tentou aumentar o placar. Aos 38, D'Alessandro obrigou o goleiro García e fazer difícil defesa em dois tempos. Mas o dia era de Alex. Aos 43, ele viu que o camisa 1 do Boca estava inseguro e mandou outro sapato de fora da área, aumentando o placar e dando mais conforto ao time gaúcho para o duelo de volta na Bombonera.

fonte:globoesporte.com
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